quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Pergaminho da Pauta Plena

A vida é uma orquestra dissonante e o maestro é cruel e certeiro. Ainda que os timbres sejam variados, é beleza insuficiente para encobrir o caos frequente e expontâneo. E no meio dessa empolgação falsa, de "Diabolus in Musica" subentendidos, uma harmonia tosca e fora de compasso brota. Para clarear a vista: um mundo inteiro de interpretes, com cada indivíduo tocando músicas diferentes. 
Rogo ao tempo ido o que a memória falecida me traga o prazer de outrora entrar em concordância com o redor visível. Ao luxo que me foi dado a tempos e esquecido em ternos momentos que não reativo internamente, desejara uma volta plena. Mas fazê-lo ao contrapor o ego é impossível e não se abre mão do mesmo por algo ainda duvidoso.
A rima não me é mais inerente. E já entendi que o devir é só mais um obstáculo pra pular por cima, como eu já fiz com quase todos os outros. E a beleza já não me cativa tanto. Tenho outros planos pra você. 
Tudo isso é uma dança de máscaras Kabuki ao pé do monte Fuji. De preferência em alguma floresta por perto. Aos poucos, suicidam-se os loucos, e os poucos que ficam tornam-se os antigos. Construíram um palco com pedaços quebrados, e a cada passo há perigo de queda.