sábado, 1 de junho de 2013

Negação

Já por próximo do estado sólido, o sono fazia carinho em suas pálpebras. Ele olhava todo o cômodo e encontrava só lirismo. Talvez porque vivesse de idealizações e de entendimentos incompletos. As idealizações mesmas eram também seu ponto fraco. Era necessária a revalorização, uma nova inspiração para que não definhasse o cérebro já defasado. Diz-se que apenas quando se para de procurar, as respostas vêm. Pra ele não vieram. Mesmo que procurando, ou não. Experiências oriundas dos dois métodos o levaram a um novo nível de empirismo: o causal. E como se importava tanto em ser concreto o racionalismo, dentro dele brigavam os dois. Mas ele opta por deixar o fluxo temporal decidir sobre as suas ações, intervindo apenas quando necessário. Negando apenas quando necessário. A vida feita de exemplos contornados.