Já por próximo do estado sólido, o sono fazia carinho em suas pálpebras.
Ele olhava todo o cômodo e encontrava só lirismo. Talvez porque vivesse
de idealizações e de entendimentos incompletos. As idealizações mesmas
eram também seu ponto fraco. Era necessária a revalorização, uma nova
inspiração para que não definhasse o cérebro já defasado. Diz-se que
apenas quando se para de procurar, as respostas vêm. Pra ele não vieram.
Mesmo que procurando, ou não. Experiências oriundas dos dois métodos o
levaram a um novo nível de empirismo: o causal. E como se importava
tanto em ser concreto o racionalismo, dentro dele brigavam os dois. Mas
ele opta por deixar o fluxo temporal decidir sobre as suas ações,
intervindo apenas quando necessário. Negando apenas quando necessário. A
vida feita de exemplos contornados.