Ah! Tem pedras caindo do céu!
Corra amigo, pra fora do perigo
Corra pra casa, pra baixo do véu
Se olhares pra cima, tem pedras caindo
De um céu outrora lindo
Erga as mãos pra cima, segure
Seu solo a vida inteira o fez
Crie na terra um vínculo
Para que de uma vez, ou três
Uma pedra o dilacere, talvez
Pois frequentemente eu tenho visto
Pássaros voarem em perigo
Pessoas migrarem em luto
Para longe do que tinham previsto
Para longe do mundo antigo
Em um campo resoluto
Em uma pradaria molhada
Por entre as árvores e estradas
Não é sua culpa, condicionada
A excreção bloqueia os tubos
Causando a morte por falência
Dera eu, fosse exigência
Para a entrada à reprimência
Divina como só as pedras
Exploradoras da onipotência
Moldá-las a meu ver
Meu precisar, meu desejar
Molhá-las pouco a pouco
Para que se quebrem, como eu
Em agonia.