sábado, 28 de agosto de 2010

Da exposição prolongada

Não há um nada sem um tudo. Tudo o que é nada é o limiar de não ser algo. Mesmo sendo nada, ainda é alguma coisa. Mesmo não tendo algo para ser, buscando ser algo, você já o é. Algo é a definição de nada em analogia a tudo. A relação de nada e tudo causa um efeito de gatilho. Estar em nada é estar em lugar nenhum. Lugar nenhum tambem existe. Pensar em nada, é estar pensando em tudo. Tudo é nada. Nada é individual, tudo é coletivo. Nada não é branco, nem transparente. Muito menos preto. Tudo não é apenas branco, nem apenas transparente. Muito menos apenas preto.
Não, não saiba de tudo. Se souber de tudo, irá saber de nada. Se saber de nada, não vai, simplesmente, saber. Contrapondo nada ao tempo. O tempo gerou o nada, e o nada gerou tudo. Tudo surgiu do nada. Porque nada já era alguma coisa. Tudo é culpado. Não gerou nada além de tudo. Tudo é somente egoísta. Nada é somente altruísta. Tudo não pode fazer nada. Nada não pode fazer tudo. Isolados, eles seguem juntos.