domingo, 23 de outubro de 2011

até me inspirei em
fazer poesias pequenas
com idéias simples e plenas

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O Portador de Vermes

Por mais que eu use frases subordinadas por justaposição e neologismos, nos quais não há resquícios de prévio uso, não me sinto um sujeito simples da oração. Por quanto eu escreva com verbos transitivos e frases anopluras como: "O mundo é redondo e o espaço é infinito", verei apenas a sombra do que o tempo me mostra. A coesão extrema é linear e restritiva, obsoleta. Porém, as vias por que andamos são sinuosas e obtusas.
Estranho ver o grande homem tão abaixado e com tanta tendência à infinitude ignorativa. Cada vez que vejo um pássaro sinto a mesma vontade de matá-lo, comê-lo, incendiá-lo. O vocativo, entre vírgulas, me diz que o que penso, ou não, é, pois, um modo de entender-me a vocação. E ainda que o vento me beije e me lamba, os insetos gordos estão em minha cabeça, festejando: sabem que não só penso no inusitado, como no instransitivo e condicional.
E a coincidência ideal é pluvial. O rio de memórias desemboca no mar de pensamentos. Pena da raiva, essa uma pedra dura, que sedimenta as casas em que vivem os ogros do "capital". O espírito avisa que se cumprem as promessas: não haverá o que esperar, assim que tudo tiver acontecido. E quando acontecer, saberemos que o pássaro sentira raiva.

Eu conheço a base, mas sou homem. Eu conheço os erros. Por onde anda, na história, meu pálio manchado de sangue?