terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ragujnoc

Houve o fim do túnel. A luz era um vaga-lume. De um lume tão inútil quanto o próprio tunel.
Por onde estive? Atravessei-o. A beligerante ignorância, de cruel estatura, matura, implorou para que de mim não fizesse pouco. Entrevi estes entraves. Se de constantes espasmos sou vivo agora: uma esperança de longe aflora. Como quem paira sobre um campo e explora. Como quem rasga e em lapso dobra. Uma torrente quente de veementes ditos engenhosos. A força da tempestade que me empurra em desistência. Desistência de auto-despreservação.
-Corre rapaz! Corre tu para longe daqui!
Sabes o caminho: labirintos de paradoxos.
Corra e percorra o que de são não tem raíz. As opíparas desordens, caóticas, retóricas, te revolvem em pilhagens de respaldos espinhosos. Pares, ó tu. Revoga-te. Reluta-te a ti mesmo. Seja verde com a lua, seja gringo com os porcos, seja um marco. Um marco no percurso. Sina essa, aberrante e sinuosa. Brilham o quanto querem, destroem o vácuo infinito (malditas). Intrigam a qualquer desordem. Que você haja. Que você exista. Fotocópias de protocolos mentecaptos.
Sabes o resultado: A luz no fim do túnel.